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Domingo, 10 de Novembro de 2024
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Economia

Metade da indústria não trata cibersegurança com prioridade, diz pesquisa

Dados foram levantados em pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Conexão ES Redação
Por Conexão ES Redação
Metade da indústria não trata cibersegurança com prioridade, diz pesquisa
Foto: Freepik
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Embora a proteção de dados digitais seja vista como necessária, mais da metade das empresas industriais (52,4%) não trata a cibersegurança como prioridade. Praticamente três a cada dez fabricantes já sofreram algum tipo de ataque cibernético, com tentativas de extorsão em alguns casos. Apesar do risco, menos da metade das companhias (44,2%) possui estrutura organizacional de segurança cibernética ou de informação.

Os dados foram levantados em pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre a maturidade do setor em cibersegurança. O levantamento completo será apresentado amanhã em congresso sobre segurança e defesa cibernética na sede da entidade da indústria paulista.

A pesquisa mostra que um terço das empresas (33%) não realiza nenhuma atividade para promover a conscientização de seus funcionários sobre segurança da informação e proteção de dados. Apenas uma pequena parcela nomeou um encarregado de proteção de dados, fundamental para que haja conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Nas empresas que o fizeram, o encarregado normalmente acumula funções, o que pode gerar conflitos de interesse.

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A maioria das empresas (64%), conforme o levantamento da Fiesp, investe no máximo 1% do faturamento em cibersegurança, uma alocação limitada de recursos que pode restringir a capacidade de implementar medidas de segurança robustas e capazes de responder com eficácia a ataques cibernéticos. O relatório destaca que, embora esse investimento permita a adoção de medidas básicas, o custo dos ataques está aumentando. Micro e pequenas empresas, as mais vulneráveis, podem não sobreviver a um ataque de hackers.

 

O fator humano é apontado como a principal vulnerabilidade das empresas a esses ataques, seja por falhas não intencionais ou por golpes dolosos. A pesquisa mostra também que muitas empresas ainda não implementaram medidas preventivas essenciais, sendo que apenas 21% delas possuem um plano de resposta a incidentes cibernéticos. Apenas 15,5% testaram esse plano. A falta de testes regulares pode comprometer a eficácia do plano em uma situação real. Além disso, apenas 18% das empresas possuem um centro de operações de segurança em funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana.

A conclusão do departamento de Defesa e Segurança da Fiesp, responsável pelo estudo, é de que o cenário exige esforços crescentes, constantes e combinados das empresas. A entidade aponta a capacitação de funcionários como um passo fundamental em direção a uma maior segurança de dados digitais nas empresas, já que profissionais bem treinados podem reduzir a falha humana.

A Fiesp diz que é preciso ampliar o nível de conscientização sobre segurança cibernética para todo o corpo de funcionários da empresa, incluindo a alta cúpula. Ressalta também que, além de medidas de segurança já usuais, como o uso de softwares antivírus e filtros anti-spam, é crucial a adoção de um plano de resposta a incidentes cibernéticos, de modo que as companhias possam reagir com maior prontidão em caso de ataque.

A pesquisa teve a participação de 233 empresas industriais - maioria delas (62,7%) micro e pequenas - e foi realizada por meio de um formulário enviado para a base de indústrias associadas à Fiesp entre os dias 6 e 24 de maio.

FONTE/CRÉDITOS: Folha Vitória
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