VITÓRIA (ES) – A Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) recebeu, nesta segunda-feira (15), representantes do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV) para celebrar o primeiro ano de funcionamento do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea). Atualmente, o serviço atende cerca de 550 famílias por mês, com mais de 8 mil atendimentos mensais, em diferentes especialidades.
O presidente do HEVV, Rodrigo André Seidel, afirmou que a meta é ampliar a capacidade para até 10 mil atendimentos mensais. “As famílias que têm uma criança ou adolescente autista sabem que precisam de acompanhamento multidisciplinar. Nosso objetivo é oferecer esse cuidado com qualidade e estrutura”, destacou.
O Cetea conta com 30 consultórios individuais, duas salas de grupo, jardim sensorial e casa de acolhimento para pacientes e familiares vindos do interior. O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar em oito áreas: psicologia, serviço social, fonoaudiologia, fisioterapia, musicoterapia, arteterapia, psicopedagogia e terapia ocupacional.
Acolhimento e tecnologia
O centro também abriga uma casa de acolhimento, oferecendo hospedagem, alimentação e suporte a famílias que não conseguem retornar aos seus municípios no mesmo dia. “Queremos minimizar o transtorno da viagem e dar mais dignidade às mães e crianças que precisam de vários dias de atendimento”, explicou Seidel.
Outro diferencial é a utilização da robô Maria T21, criada por pesquisadores da Ufes para apoiar terapias de crianças com autismo e síndrome de Down. O equipamento é usado em atividades interativas que estimulam coordenação motora, memória e comunicação.
Ampliação do atendimento
Presidente da Comissão de Saúde da Ales, o deputado Dr. Bruno Resende (União) elogiou o trabalho da unidade e defendeu a expansão para outras regiões do Espírito Santo.
“A dignidade não pode estar apenas em uma bolha, mas em cada canto do estado. O Hospital Evangélico presta um serviço de excelência e é protagonista no acolhimento das pessoas com autismo”, disse o parlamentar.
Arte como terapia
No Pilotis da Ales, estão expostas pinturas feitas por crianças e adolescentes atendidos no Cetea. A mostra “Sonhos Coloridos”, conduzida pela arteterapeuta Anna Maria Saibel, reforça o papel da arte no tratamento.
“Através da respiração consciente e da pintura, as crianças conseguem expressar sentimentos internos. A arte equilibra, acalma e amplia a comunicação”, explicou.
📌 O que você precisa saber
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Cetea (HEVV): completou 1 ano de funcionamento.
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Atendimento: mais de 550 famílias e 8 mil consultas mensais.
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Especialidades: psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, musicoterapia, arteterapia, psicopedagogia, serviço social e terapia ocupacional.
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Estrutura: 30 consultórios, salas de grupo, jardim sensorial e casa de acolhimento.
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Tecnologia: uso da robô Maria T21 em terapias.
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Arte: exposição “Sonhos Coloridos” mostra produção artística de pacientes.
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